O Código Divino





 

O Código Divino

    Apresentação


Meus irmãos.

A filha amada Yvonne traz, ao imenso cenário do mundo, o palco

onde vários protagonistas representam, na condição de atores, não

como simulacros, ou personagens fictícias, mas eles mesmos. Lembram

o teatro grego do século V, quando identificado pelas máscaras

da tragédia e da comédia.

Alguns atores encarnam, ora exibindo a tragédia, ora a comédia,

porém grande maioria apresenta as duas, em caráter de simultaneidade,

com a predominância de uma ou de outra. Entretanto, entre

esses dois polos extremos, situa-se a grande e diversificada massa

de emoções, sentimentos, pendores, atitudes individuais ou grupais

emergentes e afins, no bojo do “inconsciente coletivo”.

Quantos se apresentam como coadjuvantes, outros ocultos nas

coxias ou nos bastidores, a imensa plateia a se identificar e viver os

quadros de sua própria existência, no âmago da alma. Contudo os

abençoados cenógrafos da vida espiritual organizam as paisagens,

no mundo físico, adequadas àquelas presenças; os estilistas estudam

e propõem a vestimenta física adequada ao corpo perispiritual, os

iluminados aderecistas dispõem a ambientação e os acessórios das

virtudes, capazes de estimularem a percepção da própria beleza, a

sobreporem, com a autoestima, as dificuldades psíquicas e psicológicas,

na busca de bom desempenho, porém a música de fundo é a

inesquecível melodia, a mensagem suave da Boa Nova que a acústica

do espírito nem sempre logra registrar, por ter os ouvidos moucos.

Meus filhos, do bucólico cenário estrelado da manjedoura, no

presépio, às glórias infinitas da ressurreição, Jesus é dirigente máximo

do Amor, na Terra, presente a dizer: “Eu estarei convosco até à

consumação dos séculos”.

Bezerra

.

.

Prefácio


Volto do além da fronteira das vidas, na posição de espírito temporariamente

liberto dos tecidos compostos para o corpo físico, para

me utilizar, uma vez mais, dos abençoados campos da mediunidade

que, por misericórdia de Deus e dos amados mentores, experimentei

na vida física, como sublime oportunidade de aprendizado e de resgates.

Volto caminhando entre a visão das alturas e os compromissos

com a Terra, a fim de oferecer, de coração, alguns relatos vivenciados

em minha atual condição de espírito eterno temporariamente desvencilhado

dos tecidos celulares que me constituíram o corpo físico.

Os relatos são reais, ocorridos em finais do século XX. Os personagens

dessa história, alguns deles, ainda caminham pelas estradas

poeirentas ou pedregosas da vida terrena, vivamente inter-relacionados

com aqueles da vida espiritual, com os quais se acumpliciaram,

motivo pelo qual suas individualidades, obviamente, são respeitadas.

Os nomes aqui arrolados são os mesmos que os identificaram

numa vida passada, na Península Ibérica, especificamente em Valência

do século XVIII, cognominada, à época, de Cidade das Mil Torres,

na Espanha, na costa do Mediterrâneo.

Longe das preocupações com o aspecto literário, tentamos atender

à sugestão do amoroso e paternal Bezerra de Menezes no sentido

de oferecer aos companheiros do plano físico resultados da nossa

escolaridade espiritual, entre tantas que se identificam com o alerta

permanente da imensa necessidade de nossa transformação, fim e

objetivo crucial do espiritismo com Jesus: “forjar homens de Bem”.

Fraternalmente,

Yvonne

(Yvonne do Amaral Pereira)

Vitória, janeiro de 1999.


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